@Ler é um risco, arriscas-te?

Da minha janela

A minha cidade é feita de mil cores. É uma paleta viva, em movimento constante, onde cada tom conta uma história. Aqui, tudo é possível — até o impossível. As ideias não têm freios, os sonhos não precisam de licença, e o improvável é só um passo a mais no caminho do quotidiano. O impossível só existe até alguém provar o contrário.

A arte é das coisas mais importantes. Ela não está restrita a museus: nas escadas, nos bancos das praças e até nas sombras projetadas ao fim da tarde. As pessoas param para ver um bailarino na rua como quem assiste ao pôr do sol — com o mesmo respeito e encantamento.

Há espaço para tudo, e há bem-estar social. Ninguém precisa lutar por um canto, pois os cantos foram feitos para se encontrarem. Quem precisa de ajuda, encontra mãos estendidas. Quem tem sobra, compartilha.

É uma cidade segura, não porque há muros ou grades, mas porque não há medo. As casas têm janelas abertas, as crianças brincam nas calçadas, e a confiança caminha livre, sem precisar de proteção. Porque onde há empatia, não há necessidade de trincheiras.

Essa é a minha cidade. Não é perfeita — mas perfeitamente nossa.

David Jorge e Dinis Nogueira

Da minha janela de Clara Póvoa
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